Você sabe o que é o foco ou como ele pode ser aplicado ao design? Para explicar o foco e como ele impacta decisões é preciso analisar alguns princípios. Por exemplo, como uma pessoa entende e interpreta o que está ao seu redor?
De forma simplificada podemos definir o foco como sendo o centro de interesse ou atividade, ou seja, ambiente somada a carga cognitiva. As experiências, características e o “background” de uma pessoa definem o ambiente
Já a carga cognitiva, é a quantidade de complexidade da percepção de alguém e o tempo que leva para resolver um problema. É um exercício altamente quantificável, forneça uma tarefa a alguém e cronometre-a.
Como a carga cognitiva e o ambiente definem o foco?
Mas como estes dois elementos se relacionam com o foco? Bom, o tempo necessário para tomar uma decisão aumenta com o número e a complexidade das escolhas.
Isso é um tanto quanto óbvio, quanto mais você fornece a alguém, mais ela precisa escanear, avaliar e resolver.
O cérebro tem uma ótima função de escaneamento, o que nos ajuda a ler mais rápido, por exemplo, os adultos às vezes estão tão acostumados com as palavras que a composição visual é suficiente para entender o que significa.
Mas isso se aplica para tudo, como respondemos ao mundo, otimizamos nossa mente para pegar atalhos para entender mais rápido. Ou seja, o que captamos como foco em um contexto nos guia para a tomada de decisões.
Quando partimos deste princípio relacionando o foco ao design fica claro que ele é extremamente importante para guiar um usuário para a decisão desejada, ou para que no mínimo tenha os dados corretos para uma tomada de decisão assertiva.
Elementos de foco
Como já é constatado em diversos estudos, processamos as coisas em partes, e elas aumentam em complexidade e especificidade. O intuito é construir um layout que oriente e guie o usuário a cada ação desejada, sem que ele sinta que está sendo levado a fazer algo contra a sua vontade.
Os elementos e estratégias de foco no design vão criando links de maneira a minimizar a carga cognitiva que o usuário recebe e diminuindo o esforço necessário para encontrar informações, ir adiante ou trilhar uma conversão.
Estes elementos envolvem em certo nível um impacto emocional e atrelado ao subconsciente, que faz com que ele se conecte com conteúdos e ações de forma a tornar a experiência agradável e divertida.
Cor
As cores podem representar significados e nos fazer reagir em um nível emocional, isso é estudado na Teoria/Psicologia das Cores, mas elas estão abertas ao seu ambiente e à cultura que o moldou, então sozinhas elas não fazem muito além de chamar sua atenção e dar algum senso de conectividade emocional com ela.
Forma
Uma forma pode fornecer mais informações principalmente quando ligada a cor, neste contexto temos agora uma forma de ícone, pode ser um botão, etc
Um bom exemplo são os sinais de trânsito, você entende a cor e a forma. Dado o contexto diferente e apresentado apenas a forma, uma pessoa ainda pode entender o que elas podem significar, mas é possível que não tenha certeza absoluta.
Hierarquia Visual
A hierarquia visual é uma forma de guiar o foco do usuário de maneira a organizar os elementos de design de acordo com a relevância que deve ser percebida pelo usuário.
Por exemplo, textos maiores são aqueles com mais destaque, já os menores em segundo plano.
É fato que um bom design faz mais do que guiar o foco do usuário, ele trabalha para melhorar a experiência, conversão e otimizar os negócios.